quinta-feira, outubro 22, 2009

"Tried living in the real world instead of a shell (...) I was bored before I even began"

Há certas coisas que, quando as faço, me sinto a transgredir qualquer coisa. Um valor qualquer, uma coisa moral, não sei explicar: não penso no assunto mas sinto-me mal a fazer essa coisa. Como se não fosse uma coisa típica de mim, que corresponda a mim, e que eu estou à mesma a forçar. Há qualquer coisa em mim que não aprova aquilo.

Foi por isso que desactivei o Facebook (isto parece um anúncio: uma narração inteira e depois no "foi por isso que desactivei o Facebook" aparecia um gajo a andar na rua ou em casa).

Também não vejo qualquer utilidade naquilo e aquilo deprime-me: não me apetece ver fotografias de pessoas em sítios. Fiche, acho óptimo que as pessoas vão a sítios com amigos e partilhem fotografias de quando vão a sítios com amigos com outras pessoas interessadas em ver pessoas que vão a sítios com amigos.
A mim é que não me apetece ver séries de duas a quatro caras coladas para caberem numa fotografia, com monumentos atrás, a sorrirem enquanto uma das pessoas que está na fotografia agarra a câmara e tira a fotografia. Invariavelmente vemos sempre um bracito a segurar a câmara. O aspecto de 90% das fotografias é mais ou menos este:


Raramente - e nisto o Facebook que me perdoe mas o Hi5 era muito melhor - vemos fotografias de gajas que tiram fotografias em ângulos pouco convencionais enquanto fazem olhinhos e boquinha.

Os jogos do Facebook, em que muita gente anda viciada e que eu experimentei jogar também, são entediantes e muito pouco estimulantes das capacidades cognitivas básicas. Também não é por aí que o Facebook me conquista.

Pronto, acho que é isto.

1 comentário:

Francisco disse...

Ri-me com a recriação das fotografias tipo facebook.