domingo, outubro 04, 2009

Cúmplices

Seja aqui ou noutro sítio qualquer, as pessoas têm mais que fazer. Ninguém quer ser o D. Quixote ou o Sancho Pança de ninguém. E compreendo: dá trabalho e é preciso despender recursos. As pessoas têm outras prioridades e preferem aproveitar o tempo de outra forma.
A amizade existe se os amigos forem comentadores do mundo em conjunto, se apontarem coisas no mundo e disserem "olha ali" e se conseguirem entender, interessar-se e surpreender-se pelo que o outro vê e pelo que o outro diz.

3 comentários:

Anónimo disse...

noto aí uma carência/desilusãozita/queixa?

Sara disse...

Doutora Teresa?

Doutora Teresa disse...

Sim, regressei, ainda que temporariamente. Aproveitei o feriado e lá vim eu...
Estava já saudosa do contacto com o indivíduo, sobretudo o indivíduo jovem como a Sara me parece ser.
Estarei ao seu (ainda que não) inteiro dispor, uma vez que tenho de embarcar amanhã cedinho num cruzeiro existencial.
Segundo me parece, a Sara está a passar por sensações que costumam ser denominadas por melancolia em terras distantes da terra que nos viu nascer, sensações essenciais para um crescimento próspero de qualquer ser humano.
Que seria de nós se não passássemos pelo desamparo? Tenho conhecimento de casos de ausência total de sensação de desamparo, uma vez que tais indivíduos são e sempre foram desamparados. É um estado no qual sempre estiveram, isto é, nunca estiveram senão desamparados, logo não experimentam a vertigem, temporária e dolorosa com certeza, da sensação desamparária.
Estes vivem em constante estado de dor não procurando, portanto, o prazer que nunca conheceram.
Desejo-lhe, cara Sara, óptimas aprendizagens vitalizantes e deixo-lhe a passar em roda-pé o meu contacto se por ventura precisar de escrever-me. Beijinho.

Um grande bem haja a todos, que o Outono comece.