O Facebook dá a sensação de se estar conectado a qualquer coisa, ao mundo, a uma coisa que tem vida. Nesse aspecto, é como ligar a televisão ou pôr um cd a tocar quando se chega a casa sozinho e faz impressão estar sozinho e não ouvir barulho. Isto pode ter um efeito positivo quando as pessoas se sentem sozinhas: é ligar o Facebook e ver que há pessoas lá (não sabia mas aquilo é género MSN e dá para ver quem é que está online e iniciar uma conversa).
O Facebook vem assim substituir o MSN - se calhar por isto mesmo é que cada vez vejo o MSN mais vazio. Afinal não é que as pessoas tenham arranjado uma vida: só se mudaram do MSN para o Facebook tal como no passado se mudaram do IRC para o MSN. Isto também tem um efeito positivo: sinto-me melhor agora por ver mais pessoas sem vida, como eu, pessoas que estão em casa à frente do computador. E acredito que não sou só eu, deve haver mais pessoas que se sentem melhor por perceberem que há outras pessoas sem vida.
E comparando o Facebook com o MSN, claro que o Facebook é mais interessante: mais não seja porque dá para ver fotografias. A coisa de que mais gostamos todos: ver fotografias uns dos outros.
Mesmo assim pensei que ia ser mais interessante ver as fotografias das pessoas. O problema é que são todas muito parecidas: pessoas em viagens, paradas à frente de um monumento qualquer, de férias não sei onde ou a visitar uma cidade qualquer com os amigos com um ar cansado e contente.
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1 comentário:
Boa reflexão, a desenvolver.
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