domingo, dezembro 27, 2009

E você? Já ponderou o seu?

Esta é aquela altura do ano em que jornais e pessoas ponderam o ano que passou. Vou ali ponderar o meu ano também.

sexta-feira, dezembro 25, 2009

Social skills

As social skills são tipo músculos. Se não as exercitamos regularmente, começamos a reparar que a nossa capacidade de improviso para reagir a diferentes tipos de pessoa fica enfraquecida. Temos que nos esforçar e cansar três vezes mais para bem falar e sorrir decentemente. Só de pensarmos nisso já nem nos apetece conviver com pessoas que conhecemos mal. Além disso temos que simular uma certa descontracção que não é preciso simular (porque está mesmo lá) quando temos as social skills treinadas. Por isso é que trabalhar em lojas, desse ponto de vista, sempre foi bestial. Era o meu ginásio para as social skills.

quarta-feira, dezembro 23, 2009

Derivados

Eu bem estranhava que ultimamente as minhas sandes me soubessem a detergente. A manteiga tinha passado de validade no início de Dezembro mas só me apercebi agora - estranheza desvendada. É o que dá fazerem embalagens gigantes das coisas e não pensarem nas pessoas que vivem sozinhas e que não conseguem morfar uma embalagem de quatrocentos gramas de manteiga em menos de dois meses. Somos já vários a queixarmo-nos do mesmo.

terça-feira, dezembro 22, 2009

Costumava ser verde, depois fiquei branco, depois fiquei verde outra vez*


A primeira foi tirada em Agosto e a segunda foi tirada no Domingo. O sítio é o mesmo, claro.
* tradução adulterada de uma parte de uma letra do Bill Callahan

segunda-feira, dezembro 21, 2009

Esta é que é a verdade

Isto já deu o que tinha a dar. Estou pronta para ir para Lisboa.
Pelo menos espero que as entidades empregadoras valorizem isto daqui a dois anos e tal porque, de resto, não me vou lembrar disto como uma experiência especialmente enriquecedora.

sábado, dezembro 19, 2009

quinta-feira, dezembro 17, 2009

Dinamizar



Fazer posters de bandas para dinamizar um bocado o quarto.

quarta-feira, dezembro 16, 2009

Erasmus sucks

Procuro pela expressão "erasmus sucks" no google mas só aparecem pessoas a usá-la como ironia ou pessoas a dizer que not being erasmus sucks.

segunda-feira, dezembro 14, 2009

Um bocado de uma reflexão a desenvolver

Ser estudante de Erasmus é ser do gueto mas de um gueto fino. Vive-se numa comunidade à parte da comunidade vigente de um determinado país ou cidade e não se conhece mais que os hábitos, as crenças e as atitudes dos habitantes desse gueto. No gueto cambiam-se drogas e ameaças, em Erasmus cambiam-se latas de cerveja e perguntas e respostas sobre o país de onde se vem e aquilo que se estuda e que aquilo que se come e a forma como se come, se defeca e se estuda no país de onde se vem. Com os outros que não são do gueto trocam-se palavras em piloto automático que servem só para facilitar transacções de alimentos e outros bens essenciais e não essenciais.

terça-feira, dezembro 08, 2009

Clivagens culturais

As minhas colegas não sabem quem é o Jel nem conhecem os Homens da Luta. E vêem televisão avidamente.

sábado, dezembro 05, 2009

Quando pessoas que pareciam minimamente equilibradas se tornam subitamente malucas e deixam de falar connosco

Deve ser uma tentativa para lá irmos nós perguntar, assumindo que fizemos alguma coisa de mal, o que é que fizemos de mal ao certo (sendo que não fizemos absolutamente nada de mal). Depois convencem-nos de que fizemos mesmo alguma coisa de mal, somos forçados a dar atenção à pessoa e a pedir desculpa por uma coisa que nunca fizemos.

A pessoa maluca ficaria muito contente, claro: receberia um bocado de atenção e um pedido de desculpas inócuo.

sexta-feira, dezembro 04, 2009

Legendary Tiger Man

Pois é. Ontem ríamos no Skype a ouvir o Legendary Tiger Man.

No decorrer da conversa consegui formalizar o meu pensamento, sintetizar aquilo que eu acho. "Mas as gajas acham-no sexy". Pois é, mas é isso: se as gajas não o achassem sexy achá-lo-iam necessariamente ridículo. Não há meio termo. Se o acharmos sexy, tudo vai bem. Se não o acharmos sexy, achamo-lo ridículo. Não há mais opções.

Imagino como tudo surgiu.
Voltamos a 1980 ou uma coisa do género. Era uma noite de Verão, sexta-feira. No quarto, ele jogava à batalha naval com um amigo enquanto ouviam os Doors. Eram os dois um bocado nerds, azarados com as gajas, sopinha de massa e escanzelados. Tocavam os dois guitarra e o Paulo tinha pedido um amplificador pelo Natal.

- Quem perder paga um almoço na Segunda-feira, ó Fábio.
- Hum, está combinado. Não, Paulo, tenho uma ideia melhor. Quem perder é obrigado a fazer música armada em sexy para o resto da vida.
- Hahaha, está bem. Vou ganhar, como é óbvio. Ganho-te sempre na batalha naval e a jogar ao Uno. Não vou ter de me preocupar com isso. Fábio a fazer música armada em sexy para o resto da vida. Isto vai ter piada. Vou rir-me muito até chegar a altura de morrer.

Só que depois não foi isso que aconteceu. O Paulo perdeu, cumpriu a aposta e fez música armada em sexy até hoje.

Assim se explicam as letras a martelo.

Diz ele: Então, pá, o que é que vais fazer agora?
Diz ela: Vou beber um café. Está na hora.
Diz ele: Beber café? És mesmo kinky, ai se és. Beber café é kinky, ah pois é.
Diz ela: Sou mesmo kinky, ai se sou. Beber café é kinky, pois é, ai é.

Diz ele: Não tenho nada para fazer, vem cá.
Diz ela: Sim, sim, sim. Vou já.
Diz ele: És mesmo maluca e má. Deixas-me maluco, fazes-me mal.
Diz ela: Sou mesmo maluca e má. Deixo-te maluco, faço-te mal.

quinta-feira, dezembro 03, 2009

Sensibilidades

Vou a casa das minhas colegas à noite para ver um filme. Chego lá e não sabem muito bem que filme ver. Uma das colegas sugere o Brüno: "não eras tu que querias ver o Brüno, Sara?". Respondo-lhe que sim.

Somos cinco a ver o filme. A cada coisa que aparece (e.g., sexo entre gays com coreografias muito cómicas ou um pénis que dança) todos riem entre dentes, envergonhados, e dizem "que horror", "isto é que era suposto ser um filme bom?".

Não estão a gostar mesmo nada do filme e eu percebo imediatamente porquê: porque não conseguem ver a criatividade e a comicidade das cenas nem conseguem observar e tirar prazer do embaraço das pessoas que o Brüno aborda no filme. Porquê? Porque estão muito ocupados a sentirem-se desconfortáveis. Têm a mesmíssima reacção dessas tais pessoas que o Brüno aborda no filme: sentem-se muito incomodados e desconfortáveis.

Dois deles decidem ir dormir e acabamos por tirar o filme. Um deles, muito incomodado, diz que foi um desperdício de tempo.

O Diácono Remédios é uma caricatura perfeita destas pessoas. Pessoas que "ai que horror" mas que depois coiso e tal. Nem preciso de dizer mais nada, não é?

quarta-feira, dezembro 02, 2009

Deixa de embirrar II

Cada letra melhor que a outra. Não tem uma única música má ou desinteressante. E é tristonho.

Deixar de embirrar

Acabei agora de ouvir o disco novo do B Fachada e gostei muito. Até vou ouvir outra vez.